Conforme o Ministério da Saúde, há 31 anos, no dia 27 de outubro de 1988, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Cinco anos após a descoberta do vírus causador da aids (HIV), 65,7 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas com o vírus e 38 mil já tinham falecido. Os dados já eram preocupantes na década de 80, os tratamentos eram totalmente experimentais sem nenhuma perspectiva de cura ou qualidade de vida para o paciente. Mesmo passado mais de 30 anos de sua descoberta, e com estudos e tratamentos mais avançados, ainda estamos distantes da cura, a AIDS ainda é uma epidemia mundial. Em pesquisa recente em 2019, o Ministério da Saúde divulgou os seguintes dados: Dos 900 mil brasileiros que carregam o vírus do HIV, transmissor da Aids, 15% (135 mil pessoas) não têm consciência disso. De 900 mil pessoas com HIV, 766 mil foram diagnosticadas, 594 mil fazem tratamento com antiretroviral e 554 mil não transmitem o HIV.
A AIDS é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. Diferentemente do que muitos pensam, ser HIV positivo não é o mesmo que ter Aids. A Aids é o estágio mais avançado da doença, quando o sistema imunológico encontra-se bem debilitado. Por causar um grande impacto no sistema imunológico, o paciente fica sujeito a doenças oportunistas, como a pneumonia, tuberculose, que surgem no organismo nesse momento de fraqueza. Assim sendo, não se morre de Aids, morre-se das complicações geradas pelas doenças oportunistas. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.
Com a evolução dos estudos e tratamentos, hoje é possível viver com o HIV, mas a AIDS ainda é uma realidade, 75% das pessoas que convivem com o vírus sabem do seu estado sorológico, a meta da ONU é garantir que até 2020 esse número chegue a 90%, e desses, pelo menos 90% dessas pessoas recebam tratamento, e entre os que recebem tratamento, 90% tornem indectáveis – estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter qualidade de vida sem manifestar os sintomas da aids. A boa notícia é que no Brasil, 92% das pessoas em tratamento já atingiram esse estado de estarem indetectáveis. Esta conquista, se deve ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde, por meio do DIAHV. O SUS, fornece o que tem de mais avançado em medicações para HIV no mundo, de forma totalmente gratuita. Além de fornecer o tratamento de forma gratuita, o SUS fornece o teste de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis inteiramente de graça. Em algumas unidades de saúde é possível sair com o resultado do teste em 30 minutos.
A maneira mais segura de prevenir o HIV é usando camisinha/preservativo em todas as relações sexuais, utilizar material perfurocortante descartável e não compartilhar seringas com outras pessoas. Postos de saúde fornecem preservativos masculinos e femininos gratuitamente sem limite de retirada!
Assim pega:
- Sexo vaginal sem camisinha;
- Sexo anal sem camisinha;
- Sexo oral sem camisinha;
- Uso de seringa por mais de uma pessoa;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Assim não pega:
- Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
- Masturbação a dois;
- Beijo no rosto ou na boca;
- Suor e lágrima;
- Picada de inseto;
- Aperto de mão ou abraço;
- Sabonete/toalha/lençóis;
- Talheres/copos;
- Assento de ônibus;
- Piscina;
- Banheiro;
- Doação de sangue;
- Pelo ar.