A obesidade se tornou um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para uma estimativa de 700 milhões de pessoas obesas no mundo até 2025. No Brasil, os números também já são bastante alarmantes: 18,9% sofrem com a doença, enquanto 54% da população já enfrentam problemas do sobrepeso.
Apesar da clara evolução da medicina, as causas que levam a obesidade ainda precisam ser tratadas com bastante seriedade. Isso porque a maioria delas pode estar diretamente ligada a fatores emocionais, podendo ser uma consequência dos transtornos de humor, ansiedade e depressão, doenças tidas como as principais do século XXI.
O que é obesidade emocional?
Um dos maiores prazeres da vida de um ser humano é comer. Estamos sempre dispostos a inserir a comida em celebrações e na vida social em geral. Mas também podemos usar do ato de alimenta-se para preencher vazios existenciais, que são questões emocionais não resolvidas, como uma tristeza ou indisposição, estresse, angústias e até a felicidade.
Os gatilhos emocionais podem sim ocasionar comportamentos de hiperfagia, desencadeando uma obesidade, pois sentimentos como ansiedade, tristeza e nervosismo incentivam uma busca por um alívio ou uma compensação de sensações, que pode ser encontrada na comida. O problema é que o efeito é passageiro, fazendo com que a nossa mente fique condicionada a buscar essa fuga a todo o momento, e que a longo prazo poderá desencadear num quadro de obesidade. Ao condicionarmos esse tipo de comportamento, perdemos a habilidade de analisar se de fato estamos com fome, qual nosso ponto de saciedade e até sobre o que de fato estamos com vontade de comer.
Quando a obesidade é causada por distúrbios psicológicos?
Por estar ligada diretamente a fatores emocionais, a obesidade pode, muitas vezes, surgir como uma consequência da ansiedade, depressão e até transtornos de humor de um paciente. Pode ser desencadeada após um trauma físico, divórcio, perda de um ente querido, uso de substâncias, choque trauma ocorrido ao longo da vida, como o bullying na época escolar ou até mesmo no âmbito familiar e profissional.
A solidão e dor impulsionada por esses problemas podem levar esse paciente ao isolamento social, podendo fazer com que eles canalizem seus sentimentos e frustrações para a comida. Sem nem se darem conta da gravidade do que estão vivendo, não buscam ajuda psicológica até por medo de serem julgados e estigmatizados por causa do peso.
A obesidade também pode originar problemas físicos relevantes, como cansaço excessivo, fazendo com que o paciente em questão tenha ainda mais dificuldade em realizar exercícios físicos para melhorar sua condição.
O que pode ser feito para tratar a obesidade emocional?
O paciente que sofre de obesidade emocional precisa começar um acompanhamento com profissionais dedicados à psicologia e à psiquiatria, encontrando na terapia os indícios que o levaram a sofrer dessa condição. Com o emocional tratado, é possível iniciar o tratamento de redução de estômago e seguir um plano de reeducação alimentar.
Esses passos são importantes para sanar outros problemas de saúde que podem ter sido acarretados pelo sobrepeso, além de uma mudança geral dos hábitos que irão trazer uma melhor qualidade de vida.
FONTE:
https://www.cirurgiabariatricaconvenio.com.br/o-que-e-obesidade-emocional