Dia 28 de fevereiro é o dia mundial de combate a LER/DORT. Um dia importante para lembrarmos o quanto é importante a prevenção.
Segundo pesquisa realizada pelo IBGE, no Brasil, mais de 3 milhões de pessoas já tiveram a doença, mais recorrente nos membros superiores.
Consideradas a segunda maior causa de afastamento do trabalho no país, as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) englobam cerca de 30 doenças, acometendo homens e mulheres em idade produtiva.
LER é uma doença?
Não, LER não corresponde a uma doença ou enfermidade. LER é a sigla para “Lesões por Esforços Repetitivos” e representa um grupo de afecções do sistema musculoesquelético. São diversas afecções que apresentam manifestações clínicas distintas e que variam em intensidade.
Porque a sigla DORT?
Representa a sigla para “Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho” e foi introduzida para substituir a sigla LER, particularmente por duas razões: primeiro porque a maioria dos trabalhadores com sintomas no sistema musculoesquelético não apresenta evidência de lesão em qualquer estrutura; a outra razão é que além do esforço repetitivo (sobrecarga dinâmica), outros tipos de sobrecargas no trabalho podem ser nocivos para o trabalhador como sobrecarga estática (uso de contração muscular por períodos prolongados para manutenção de postura); excesso de força empregada para execução de tarefas; uso de instrumentos que transmitam vibração excessiva; trabalhos executados com posturas inadequadas.
Tipos mais comuns de LER/DORT
- Síndrome do Túnel do Carpo.
- Tendinites dos Extensores dos Dedos.
- Tenossinovite dos Flexores dos Dedos.
- Tendinite de ombro
- Tenossinovite Estenosante (Dedo em Gatilho)
- Epicondilite Lateral.
- Doença de Quervain (inflamação dos tendões que estão localizados na base do dedo polegar).
- Lombalgias
- Bursites
O trabalhador com dor ou outro sintoma é portador de LER ou DORT?
Não, necessariamente. Sintomas como dor, dormência, formigamento, sensação de pontadas ou agulhadas, diminuição da força, sensação de peso ou cansaço nos membros, inchaço, dificuldade de movimentação, desconforto, entre outros, podem ser decorrentes de diversas condições não relacionadas às sobrecargas biomecânicas no ambiente de trabalho. Muitos distúrbios reumáticos, imunológicos, hormonais, metabólicos, ortopédicos, neurológicos ou infecciosos podem ser responsáveis por sintomas que simulam um distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho. Portanto é importante procurar o médico para a realização de diagnóstico preciso e de adequada estratégia terapêutica.
A Prevenção é o melhor remédio:
– Adequação ergonômica do ambiente de trabalho e atividades do dia a dia.
– Intercalar atividades.
– Realizar alongamento ou aquecimento prévio da região afetada.
– Fazer pausas durante as atividades para descansar e aliviar tensão e sobrecarga.
– Cuidar sempre da postura.
– Praticar exercícios físicos e fortalecimento prévio.
Ginástica Laboral
Como forma de prevenção e contribuição para qualidade de vida no ambiente de trabalho, a ginástica laboral, são exercícios efetuados no próprio local de trabalho, tendo como principais objetivos a prevenção das LER/DORT, a diminuição do estresse, dores musculares, fadiga, tensão muscular, aumento da consciência corporal, melhora do condicionamento físico, flexibilidade, coordenação e resistência, atuando de forma preventiva e terapêutica.
Dicas de exercícios para prevenção:
-Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia
-Pesquisa IBGE fevereiro/ 2020
-Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia
-Pesquisa IBGE fevereiro/ 2020