Vocês sabiam que no Brasil, a obesidade aumentou 72% nos últimos treze anos?
Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa que revela que quase metade da população brasileira está acima do peso. Isso é muito preocupante, pois o obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula.
Pela definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), obesidade é o “excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde”. Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa que revela que quase metade da população brasileira está acima do peso.
De acordo com a Dra. Rosana Radominski, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os novos resultados não são novidade, se comparados com os de 2010. “O dado agravante é o aumento de mais de 0,5% do excesso de peso e da obesidade em um ano. Isso é alarmante, se formos extrapolar os dados para os próximos dez anos”, alerta a especialista.
A “obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal acima de 30”.No Brasil, essa doença aumentou 72% nos últimos treze anos. (IBGE e OMS)
De acordo com dados da folha do IBGE, a prevalência de excesso de peso estimada para a população de 20 anos ou mais aumentou continuamente ao longo dos anos. A prevalência de obesidade ao longo dos 17 anos decorridos nesses estudos, foi similar ao da prevalência de excesso de peso, ou seja, aumentou gradativamente, porém de modo acentuado. Já em 2019, dobrou os valores registrados. Homens tiveram número de 9,6% para 22,8% e as mulheres números de 14,5% para 30,2%. Em todas as quatro pesquisas consideradas, a prevalência de obesidade entre as mulheres foi mais elevada que a observada entre os homens.
A recomendação é de que a ingestão diária seja de pelo menos 400 gramas de frutas e hortaliças (WHO, 2003), o que equivale, aproximadamente, ao consumo diário de cinco porções desses alimentos.
De acordo com a Dra. Rosana Radominski, “comemos poucas frutas e verduras desde sempre. Nós não estamos comendo menos frutas e vegetais hoje do que há anos atrás. Da mesma forma que a carne gordurosa é a preferência nacional há muito tempo. O que tem mudado ao longo dos anos é o aumento do consumo de alimentos refinados, industrializados e produtos “prontos” para uso com alto teor calórico”.
Com a pandemia da COVID-19, os especialistas têm discutido com maior ênfase a obesidade. Ela está inserida nos fatores de risco, complicações e óbitos. Segundo o endocrinologista e preceptor da Residência Médica do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia, Fabio Trujilho, “tratamentos baseados em evidências científicas mostram que uma perda de peso entre 5 a 10%, diminui o risco de complicações da COVID para pessoas com obesidade”.
Segundo a nutricionista Lara Natacci, mestre e doutora em ciências pela Faculdade de Medicina da USP é necessário planejar o seu dia a dia. “Isso inclui as refeições, as horas de sono e o tempo dedicado aos exercícios. Dormir cinco horas ou menos por noite aumenta o risco de descontrole por consumo de carboidratos devido do aumento de hormônios relacionados ao estresse. Muito importante incluir atividades de lazer e até meditações diárias por cerca de 10 minutos para ajudar a equilibrar a mente.
A obesidade é considerada uma doença, por isso, é importante procurar ajuda de um médico especialista para ajudar no tratamento e controle de peso.