Estamos tão submersos em nossas obrigações diárias, nossas contas, nossos planos, nossas metas de trabalho e compromissos com a família, amigos, redes sociais e outros, que não nos damos conta que apesar de tudo isso, praticamos a solidariedade.
Ser solidário não faz bem somente para quem recebe, faz bem para quem pratica. Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, publicado “BMC Public Health”, revela que as pessoas que praticam o voluntariado vivem mais tempo, com uma mortalidade 20% menor se comparado aos não voluntários. Eles também têm menos índices de depressão, maior satisfação com a vida e bem-estar. Os voluntários da pesquisa defendem o voluntariado como benefícios para a saúde e a possibilidade de diminuir as desigualdades sociais. Este estudo de revisão sistemática mostra que se voluntariar está associado à melhora da saúde mental.
Trabalho voluntário pode ajudar no combate à depressão, por exemplo, uma vez que o envolvimento com outras pessoas elimina um dos fatores de riscos principais do quadro depressivo: o isolamento social. A atividade voluntária em grupo também pode ser uma válvula de escape para o estresse, proporcionando a sensação prazerosa no encontro do outro.
Talvez não nos sobre tempo para fazer aquela visita em lares de idosos, ou creches carentes, ou ainda não nos sentimos aptos ou preparados sentimentalmente para essas visitas. Mas ainda assim, é possível praticar a solidariedade nos nossos grupos de convivência, seja no trabalho, naquele grupo de colegas de escola que mantemos nos Apps de conversa, com a nossa própria família. Que tal reunir o seu “desapego” com os “desapegos” dos amigos e levar em uma instituição? Que tal arrecadar alimentos e produtos de higiene no seu condomínio para serem doados em creches ou asilos?
Praticar a solidariedade provoca uma sensação de calor no peito, energia renovada e sentimento eufórico, seguida por uma calma profunda, essa foi a sensação descrita por inúmeras pessoas depois de uma ação generosa, conforme a pesquisa de Allan Luks, autor do livro The Healing Power of Doing Good: The Health and Spiritual Benefits of Helping Others (O poder curativo de fazer o bem: os benefícios espirituais e à saúde em ajudar os outros).
Todos podemos fazer uma corrente de solidariedade e há várias formas de começar, escolha a sua.
Ainda dá tempo para fazer o bem hoje, vamos?